Autor*: Vitor Yukio Ninomiya

Mesmo após a aplicação da primeira dose da vacina contra a COVID-19 em mais de 20 milhões de brasileiros, ainda devemos manter todos os cuidados de prevenção para que o cenário da atual pandemia seja cada vez mais favorável. Por isso, frente a essa mudança gradual no combate ao coronavírus, muitas dúvidas acabam surgindo e o risco da disseminação das “fake news” se torna ainda maior. Por isso, respondemos aqui algumas das principais dúvidas sobre a vacinação. Não deixe de conferir!

ANTES DE RECEBER A PRIMEIRA DOSE DA VACINA

Atualmente (13 de abril de 2021), o Plano Nacional de Imunização disponibiliza duas vacinas em território nacional, gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS): Coronavac e AstraZeneca/Oxford. Tendo em vista a disponibilidade gradual das doses suficientes para toda a população brasileira, o Ministério da Saúde elaborou o chamado Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a COVID-19, que define e organiza os chamados grupos prioritários da vacinação.

Quer saber mais detalhes sobre as duas vacinas em uso no Brasil? Clique aqui

Confira na página Vacina Minas a situação da vacinação contra a Covid-19 em Minas Gerais.

A vacina pode causar COVID-19?

Não. Os dois imunizantes utilizam vírus inativado em sua composição e são cuidadosamente modificados para que a capacidade de infecção seja anulada. Os testes pré-clínicos e clínicos de ambas as vacinas comprovam a segurança dessa informação, bem como a própria aprovação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Já tive COVID-19. Ainda asim preciso ser vacinado?

Sim. Ainda que teoricamente a pessoa que já tenha sido exposta ao coronavírus naturalmente tenha desenvolvido anticorpos, ainda não existem estudos que comprovem uma imunidade equivalente àqueles que receberam somente a vacina. Contudo, vale ressaltar que aqueles que estiverem com a doença ativa, confirmado pelo RT-PCR, devem aguardar o tempo de isolamento doméstico, além de um intervalo de 30 dias antes de receber a vacina.

Posso escolher qual vacina receber?

As vacinas desenvolvidas contra a COVID-19 e aplicadas no Brasil devem ser aprovadas pela ANVISA, ou seja, todas elas são seguras e possuem sua eficácia comprovada. Portanto, não existe uma justificativa técnica para dar preferência a uma vacina específica, uma vez que ambas garantem a proteção necessária neste momento da pandemia.

Em quais situações eu não devo ser vacinado(a)?

  • Pessoas com hipersensibilidade a algum de seus componentes;
  • Pessoas em imunossupressão;
  • Pessoas em tratamento contra o câncer;
  • Pessoas com febre ou com alguma doença em atividade;
    • Recomendação: cura ou estabilização da doença em atividade antes de receber a vacina.
  • Pessoas com infecção ativa da COVID-19 (Resultado positivo pelo RT-PCR);
    • Recomendação (casos leves ou moderados): após a resolução da fase aguda da doença, deve-se aguardar o isolamento doméstico, além de um intervalo de 30 dias antes de receber a vacina;
    • Recomendação (casos moderados ou graves, que exigem internação hospitalar): seguir as recomendações após a alta-hospitalar. 

ENTRE A PRIMEIRA E A SEGUNDA DOSE DA VACINA

Após a primeira dose eu já estou imunizado?

Não. Ambos os imunizantes disponíveis (Coronavac e AstraZeneca/Oxford) só garantem a imunização 14 dias após a segunda dose, em intervalos específicos. Por isso, após receber a primeira dose da vacina você deve manter a prevenção rigorosamente. Caso você seja infectado por COVID-19 nesse intervalo, aguarde a resolução da fase aguda da doença e respeite o período de isolamento doméstico para receber a segunda dose.

Quais são os efeitos colaterais da vacina?

Em geral, não existe nenhum efeito grave associado às vacinas. Contudo, algumas pessoas podem apresentar desde reações locais até reações pelo restante do corpo, sendo elas:

  • No local da aplicação: dor, vermelhidão, inchaço, alteração de sensibilidade;
  • No restante do corpo: fadiga, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre, náusea.

Atenção: caso os sintomas após o recebimento do imunizante tragam desconforto intenso, prolongado ou que tragam preocupação a você, não deixe de comunicar a um médico e busque auxílio assim que possível.

APÓS RECEBER A SEGUNDA DOSE DA VACINA

Quanto tempo devo aguardar para desenvolver a imunidade?

Após receber a vacina, deve-se aguardar pelo menos 14 dias para desenvolver imunidade ao coronavírus.

Mesmo estando vacinado(a), posso ser infectado pelo coronavírus?

As vacinas disponíveis apresentaram resultados favoráveis na redução de casos sintomáticos da doença, sobretudo nas apresentações graves. Na situação emergencial de pandemia, isso equivale a redução significativa no número de internações hospitalares e de óbitos pela doença. Por outro lado, vale lembrar que ainda não existem estudos que comprovem a eficácia dessas vacinas em relação à reinfecção ou até mesmo em relação às variantes. 

Quais são os cuidados que devo ter após ser vacinado(a)?

 Todos os cuidados de prevenção devem ser mantidos, sem exceção: 

  • Utilizar a máscara facial corretamente (cobrindo o nariz e a boca e bem ajustada);
  • Higienizar as mãos com álcool em gel 70% ou água e sabão;
  • Manter o distanciamento social;
  • Desinfetar superfícies e objetos.

PREVENÇÃO, DISCIPLINA E RESPEITO

Enquanto a fila para a vacinação existir, todos os cuidados referentes à prevenção devem ser mantidos, sem exceção. Estar vacinado significa apenas ter uma defesa imunológica mais favorável contra o coronavírus, contribuindo na redução da taxa de ocupação dos leitos dos hospitais e reduzindo a chance de o vírus se espalhar mais rapidamente. No entanto, isso não significa que tudo pode voltar ao normal àqueles que receberam o imunizante, pois ainda não existem estudos que comprovem a bloqueio da transmissão pelas pessoas vacinadas.

Portanto, a vacinação não é apenas uma proteção individual somente àqueles que já a receberam, mas um instrumento coletivo e que exige disciplina e respeito de toda a sociedade. Manter as medidas de prevenção antes ou após a vacina é ter consciência de uma verdade já observada em muitos países do mundo: a regressão da pandemia só é possível com a evolução da conscientização da sua sociedade.

 

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